sábado, 5 de junho de 2010

Triste despedida do Gigante!

Sabemos que não nos despedimos do Maracanã. Foi mais um até logo, mas não poderia ser menos apropriado. Ficaremos sem nossa casa durante longos três anos. O Flamengo está ao relento. Pior, a torcida do Flamengo está ao relento e a previsão é de tempestade!

Já que as nuvens carregadas estão em rota de colisão com a Gávea, tomara que não seja uma garoa e sim um furacão. Um furacão de mudanças. Tem que pegar tudo que foi feito em 2010 e destruir. Assim, teremos por volta de um mês para limpar a poeira e nos reinventarmos. Nós temos uma base campeã e acredito na maioria dos jogadores do antigo plantel e, acima de tudo, acredito no Zico.

A postura editorial deste Blog não é alarmista, pelo contrário. Fizemos este espaço para que os Rubro-Negros sigam o seu time em paz e encontre coerência nas vitórias e derrotas do mais querido. Buscando a coerência antes citada, teremos que falar dos defeitos pontuais que levaram o Flamengo a fracassar em TODOS os campeonatos que disputou neste primeiro semestre. Mas primeiro falaremos do jogo de sábado.



A semana que antecedeu a pelada foi tranqüila. Vencemos fora de casa o Palmeiras, nosso eterno freguês, com um gol salvador do Vagner Love. Como nossa “Mãe Digão Dina” falou no primeiro FutCast... “O Flamengo é Rei em ganhar de um a zero dos porcos lá”.

Ganhamos dos molambos esmeraldinos paulistas e compramos a paz necessária para trabalharmos no resto da semana tranqüilamente. Quinta-feira treinamos e tivemos a triste notícia que o Pet estava realmente machucado. Na sexta-feira Vagner Love se machucou e assim iríamos enfrentar o Goiás sem nossos principais jogadores de ataque.

Sorte que o Goiás é treinado por aquele “gênio” do Leão. Pensei eu, mesmo com os desfalques estaremos no Maraca, se marcarmos o primeiro gol venceríamos os molambos esmeraldinos goianos e entraríamos no recesso ocupando uma das vagas no G4 do brasileirão. Triste engano!

Conseguimos perder uma partida em casa, mesmo tendo feito o primeiro gol e jogando melhor até os 40 minutos do segundo tempo!!!! Isso é incrível?! É inexplicável?! É Macumba?! NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO!!!!!

A explicação é simples, nós temos um técnico limitado! Um cara que não enxerga o time dentro de campo, um profissional que não lê o jogo, que repete os mesmos erros jogo após jogo. Escala mal, mexe pior e depois põe a culpa na falta de tempo pra treinar. Muitos lembraram dos desfalques, mas para estes eu digo: ESQUEÇAM AS DESCULPAS e olhem a partida!

O time do Goiás é horrível, seu treinador beira o ridículo, o Flamengo dominou a partida inteira, mas um jogador destoava dos demais. Um jogador agredia a bola em todas as ocasiões, um jogador errava passes bisonhos, um jogador estava perdido em campo. Quem viu a partida sabe de quem eu estou falando e quem não viu já desconfia. Michael errou quase tudo que tentou e mais uma vez foi perseguido pela torcida a cada jogada que participava. E ele foi o ÚNICO jogador do meio de campo que jogou a partida inteira!!!!!!!!!! Isso é EXTRAORDINÁRIO!
Muitos dirão: Mas Snarf o Toró se machucou. Por este motivo que ele foi substituído. Aí eu digo: Sim, mas por que cargas d’água ele tirou o Vinícius Pacheco e pôs o Diego Maurício?!?!?! Por quê não tirou o Michael e colocou qualquer animal no lugar?!?!?!?!?

Vamos a pelada:

O jogo começou morno e as equipes demoraram a achar o melhor modo de entrar nas zagas adversárias. O Goiás se posicionou com todos os jogadores atrás da linha da bola, quando não a possuía, e o Flamengo jogou com três zagueiros, um volante (Toró) e um cabeça-de-área (Maldonado). Na minha opinião mal escalado, desde nosso primeiro FutCast digo que o Camacho não é reserva neste time. O menino tem jogado muito bem e merece ser titular.

Apesar dos erros na escalação o Flamengo mostrou uma zaga segura e bem protegida desde o início do jogo e, a partir dos vinte minutos, dominava o jogo. Os atacantes se movimentavam bem, os laterais apoiavam e os volantes se apresentavam como elemento surpresa, principalmente o Toró. Aos poucos o time carioca começou a encontrar espaços na defesa adversária.

Não digo que o futebol apresentado pelo Flamengo fosse primoroso, entretanto, jogava muito melhor que o limitadíssimo conglomerado campestre que visitou nossas terras. Este se comportava de forma covarde e tétrica. Errava passes fáceis e não conectava nenhum contra-ataque efetivo. O futebol apresentado por nosso time, que também errava passes grosseiros, era melhor pelo simples fato de ter alguns jogadores interessados em criar algo, como o Toró, Leo Moura, Welinton, Juan, Vinícius Pacheco e Bruno Mezenga.

E realmente criamos. Aos 22 minutos a primeira jogada de perigo do jogo. Em sua única participação positiva no jogo, Michael faz uma puxada na bola e deixa Leo Moura dentro da área livre para marcar, o lateral chuta para fora. O Flamengo dominava, mas insistia em lançamentos longos da zaga para o ataque, a maioria era facilmente interceptada.

Aos 25 minutos mais uma boa jogada. Depois de perde e ganha no ataque, Juan faz boa jogada na direita e centra a bola para Vinícius Pacheco dentro da área, este é derrubado pelo zagueiro. O juiz não dá nada. Pênalti claro não marcado!

Flamengo adianta a marcação e começa a pressionar a saída de bola do Goiás. Este fica ainda mais acuado e começa a apelar para as faltas quando perde a bola. Aos 31 minutos, Toró rouba a bola no meio, faz grande jogada, dribla três adversários e é derrubado na entrada da área. Bruno cobra a falta muito alto. O Flango domina, mas não consegue transformar a posse de bola em chances claras.

Aos 37 minutos Bruno Mezenga, recuado, entregou um presente para o atacante esmeraldino. Bernardo arrancou, entrou na área, mas Welinton conseguiu cortar no último instante. A partir daí o jogo ficou mais amarrado, com muitos erros de passe de parte a parte e poucas jogadas interessantes e foi assim até o juiz dar por encerrada a primeira etapa. A equipe carioca saiu vaiada de campo.

O segundo tempo veio e com ele a alteração que consertou o time. Camacho no lugar de Maldonado. A partir daí o domínio rubro-negro se converteu em jogadas efetivas de ataque. Logo no primeiro minuto Mezenga fez grande jogada, dribla dois marcadores, e finaliza bem. O goleiro goianiense faz grande defesa. Aos 6 sai o gol carioca. Michael Corta lançamento que era para o companheiro melhor posicionado no ataque, se enrola com a bola e joga ( isso mesmo, JOGA, não toca) um coco para o Camacho, este faz milagre, domina a bola e lança Leo Moura na corrida, o lateral chega na linha de fundo cruza pra trás, Vinícius Pacheco faz o corta luz e deixa para Toró fazer o gol com extrema frieza. Prêmio para a dedicação e o esforço do camisa 5.

Daí em diante o quê se viu foi um Flamengo consciente, que preservava a posse de bola, com uma zaga bem protegida e com o Camacho mostrando personalidade e batendo até escanteios. Mas pq o Flamengo não ampliava? Simples! Porquê o MICHAEL continuava errando tudo!

Aos 15 minutos Vinícius Pacheco fez grande jogada, driblou três jogadores, entrou na área esmeraldina e bateu cruzado. Mezenga ainda tentou alcançar a bola, mas não conseguiu.

Enquanto nosso “treinador” resolvia fulerar nosso time o “treinador” do outro lado (ambos com aspas) resolvia melhorar o time de várzea. Leão mexeu no Esmeraldino, sacando o cansado Romerito para promover a estreia de Otacílio Neto. Pouco depois, trocou Bernardo por Hugo. Deu certo. A equipe esmeraldina equilibrou o jogo. Rogério resolveu mudar novamente, trocando Vinícius Pacheco pelo garoto Diego Maurício(?Whatahell?). E Leão partiu para o tudo ou nada, tirando Wellington Monteiro e pondo outro atacante, Rafael Moura.

Aos 33 minutos a derrota do Flamengo terminou de ser desenhada, verdade seja dita, por uma fatalidade. Após entrada dura em Everton Santos, Toró sentiu o joelho direito e foi substituído pelo jogador (?) Fernando. Olha a C@G@d@ AÊÊÊÊÊ!!!!
Mas mesmo com as c@g@d@s de nosso comandante gênio, nosso time continuava melhor. Na primeira chance de Diego Maurício no jogo, aos 34, ele foi lançado por Camacho, que roubou bola no meio-campo. O atacante avançou sozinho, entrou na área e tocou para fora. No minuto seguinte o mesmo Diego Maurício recebeu cruzamento da direita dentro da área, bateu fraco, e a bola tocou em Amaral e foi para escanteio.
Diferente de nossos jogadores, os do Goiás não estavam querendo desperdiçar as poucas chances de seu time. E foi assim que Hugo, aos 39 minutos, bateu falta cometida por Welinton na gaveta, à esquerda de Bruno, empatando a partida. Três minutos depois, o estreante Otacílio Neto compareceu para o gol da virada e da vitória: Douglas bateu, Bruno socou, depois se atrapalhou ao tentar socar novamente. Otacílio Neto chegou e mandou para as redes. E venceu quem errou menos e arriscou mais.



Eximo o Bruno de qualquer culpa nos lances, mas como não fico no muro digo que os culpados são MICHAEL, ROGÉRIO LOURENÇO, DIEGO MAURÍCIO e FERNADO. Por que? Segue abaixo:


1º Tempo:

1’ - Rogério escala mal o Flamengo e deixa Camacho no banco e vai de Michael como meia de ligação (?);
15’ - Michael tenta virar a bola da direita para esquerda, onde não tinha sequer um jogador do Flamengo, e joga a bola no peito do zagueiro adversário;
22’ - (Única jogada certa de Michael na parida) Na entrada da área ele da uma puxada na bola e deixa Leo Moura dentro da área livre para marcar, o lateral chuta para fora.
25’ - Michael erra cruzamento para Vinícius Pacheco.
43’ - Michael erra troca de passe ridícula com Vinícius Pacheco e revolta a torcida. A partir daí começa a ser vaiado;

2º Tempo:

1’ - Rogério conserta o erro que cometeu no início e coloca Camacho em campo, mas erra em continuar com Michael;
6’ - Corta lançamento que era para o companheiro melhor posicionado no ataque, se enrola com a bola e joga ( isso mesmo, JOGA, não toca) um coco para o Camacho, este faz milagre, domina a bola e lança Leo Moura na corrida, o lateral chega na linha de fundo cruza pra trás, Vinícius Pacheco faz o corta luz e deixa para Toró fazer o gol;
10’ - Daí para frente Michael se escondeu do jogo, quando era acionado errava passes ou simplesmente recuava as bolas.
28’ - O Gênio substitui Vinícius Pacheco por Diego Maurício;
33’ – Entra Fernando no lugar do Toró (onde esta o erro aí???? Põe um gandula, mas não põe esta merda!!)
34’ - Diego Maurício perde gol na cara;
35’ - Diego Maurício perde OUTRO gol na cara;
45’ - MICHAEL AINDA ESTÁ EM CAMPO!!!!!!!

Estes são os erros e estes são os culpados.

Quem tiver poder que faça alguma coisa.
SRN!

FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 1 X 2 GOIÁS
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data-Hora: 5/6/2010 - 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Francisco de Assis Almeida Filho (CE)
Auxiliares: Thiago Gomes Brigido (CE) e Arnaldo Rodrigues de Souza (CE)
Renda e público: R$ 323.975,00 / 11.855 pagantes
Cartões amarelos: Toró e Wellinton (FLA); Wellington Monteiro e Rafael Tolói (GOI)
Cartões vermelhos: Não houve
Gols: Toró 5'/2ºT (1-0), Hugo 39'/2ºT (1-1) e Otacílio Neto 41'/2ºT (1-2)
FLAMENGO: Bruno, Wellinton, David e Ronaldo Angelim; Léo Moura, Maldonado (Camacho - Intervalo), Toró (Fernando 33'/2ºT), Michael e Juan; Vinícius Pacheco (Diego Maurício 28'/2ºT) e Bruno Mezenga - Técnico: Rogério Lourenço.
GOIÁS: Rodrigo Calaça, Douglas, Rafael Tolói, Ernando e Wellington Saci; Amaral, Jonilson, Wellington Monteiro (Rafael Moura 30'/2ºT) e Romerito (Otacílio Neto 19'/2ºT); Bernardo (Hugo 19'/2ºT) e Everton Santos - Técnico: Leão.

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